Ceará Sporting Club
Author: Matheus Bastos
Last Updated: 20th março 2023
A ideia de fundar o Ceará Sporting Club veio no dia 2 de junho de 1914, pelos jovens Luís Esteves Júnior e Pedro Freire, durante um encontro à tarde no Café Art Noveau, que funcionava na Praça do Ferreira. Neste encontro, eles resolveram convidar mais alguns amigos para discutirem a ideia e se reunirem à noite, na residência de Luís Esteves – localizada na Rua Tristão Gonçalves, 6.
A empolgação tomou conta de todos e logo foi providenciada a ata de fundação do, até então, Rio Branco Foot-ball Club. Participaram do histórico encontro 24 pessoas que, por unanimidade, escolheram Gilberto Gurgel como presidente. Além dos três fundadores já citados, tomaram parte do evento: Newton Rola, Walter Barroso, Bolívar Purcel, Aluísio Mamede, Orlando Olsen, Raimundo Padilha, Ninito Justa, Meton de Alencar Pinto, Gotardo Moraes, Arthur de Albuquerque, Cincinato Costa, Carlos Calmon, Eurico Medeiros, José Elias e Rolando Emygdio.
Para ajudar na aquisição do primeiro material, composto de camisas lilases e calções brancos, o grupo juntou dois mil e duzentos réis. No ano de seu surgimento, o Rio Branco disputou um campeonato, que foi organizado pelos próprios clubes da época. Na partida final, realizada em 22 de outubro, o Rio Branco conquistou o título, vencendo o Rio Negro por 1×0, gol assinalado por Olsen. Naquele dia, os campeões formaram da seguinte maneira: Aldo, Garcia e Speedy; Célio, Carlito e Gotardo; Abreu, Pinto, Meton, Olsen e Ninito.
Exatamente um ano depois da sua fundação, uma assembléia geral se reúne com dois objetivos: escolher um novo nome para a equipe e eleger a nova diretoria. Por consenso, a agremiação passou a se chamar Ceará Sporting Club. Sua indumentária também mudou: calções brancos e camisas brancas com listas verticais pretas. No dia 10 de junho de 1915, o jornal Diário do Estado, do Partido Conservador Cearense, trazia na página dois, da edição de número 150, a novidade.
Até hoje, a maior façanha do Ceará foi a conquista do pentacampeonato de 1915 a 1919, sob a égide da Liga Cearense Metropolitana de Futebol (LCMF), a primeira entidade gestora do desporto local. Ao lado do Stela, Rio Negro e Maranguape e sob a chancela da Liga Cearense Metropolitana de Futebol, o Ceará disputa o primeiro campeonato em solo cearense.
A final ocorreu em 07 de novembro de 1915. O Diário do Estado trouxe a seguinte manchete acerca da esperada decisão: “O Stela Foot-ball Clube o Ceará Sporting Club disputam amanhã o título de campeão do Ceará no campo do Benfica”.
Tabela de Conteúdos
Títulos
45 Títulos Estaduais: 1915 / 1916 / 1917 / 1918 / 1919 / 1922 / 1925 / 1931 / 1932 / 1939 / 1941 / 1942 / 1948 / 1951 / 1957 / 1958 / 1961 / 1962 / 1963 / 1971 / 1972 / 1975 / 1976 / 1977 / 1978 / 1980 / 1981 / 1984 / 1986 / 1989 / 1990 / 1992 / 1993 / 1996 / 1997 / 1998 / 1999 / 2002 / 2006 / 2011 / 2012 / 2013 / 2014 / 2017 / 2018
- Torneio Norte-Nordeste (zonal Taça Brasil): Campeão 1964
- Torneio Norte-Nordeste: Campeão 1969.
- Copa Verão de Recife: Campeão 1997.
- Copa dos Campeões Cearenses: 2014
- Copa do Nordeste: Campeão Invicto 2015.
Principais Ídolos
Sergio Alves
Na primeira passagem, foi campeão cearense arrastão em 1993, teve participação fundamental na Copa do Brasil 1994 e iniciou a série do segundo tetra, inclusive marcando um gol histórico na final do Primeiro Turno daquele ano, contra o Fortaleza.
Na segunda passagem, em 2001, foi o grande destaque num time que marcou pela ofensividade e suas sonoras goledas, apesar de não ter chegado ao objetivo de ir à Primeira Divisão do campeonato brasileiro. Neste ano, Sérgio Alves foi artilheiro da Série B e artilheiro do Brasil e ainda confirmou mais uma vez sua fama de “carrasco do
Fortaleza” e “matador de leões” ao destruir o segundo maior tabu da História dos Clássicos Rei.
Na terceira passagem, cumpriu bem seu papel marcando muitos gols, embora o resto do time não tenha correspondido à altura. Já na sua quarta passagem marcou poucos gols, mais deixou no fundo da rede aquele bola que praticamente deu o acesso a serie A 2010 ao alvinegro, contra o Brasiliense no Castelão.
Gildo
Sua trajetória no Ceará começaria em 1960. Gildo, o Pernambuquinho, como era chamado na sua época, veio por empréstimo, com o passe estipulado, com o preço lá embaixo por conta de supostos problemas de joelho. Gildo, literalmente, arrebentou no
Ceará e os dirigentes alvinegros da época não pensaram nem duas vezes para comprar seu passe. Era o início de um período histórico para o Vovô, com a conquista do primeiro tricampeonato estadual. Gildo participou das três campanhas e em duas delas (1961 e 1963) foi artilheiro, com 15 e 16 gols, respectivamente. Gildo conquistou mais uma taça importante, a do Norte/Nordeste de 1969, na histórica decisão contra o Remo, do Pará. Em 1971, seria campeão cearense mais uma vez.
Nesse ano é antológico o seu gol, nas finais contra o Fortaleza: o goleiro Cícero Capacete cobrou o tiro de meta e, de cabeça, Gildo escorou para o gol, da intermediária! Não viu o gol, pois caiu com o choque com a bola, mas entrava, de vez, para a história.
Magno Alves
Magno Alves se destacou no Criciúma em 1997, quando foi contratado pelo Fluminense para a disputa do Torneio Rio-São Paulo e foi uma das gratas surpresas na turbulenta fase em que o clube se encontrava. Junto com Roni, formou um dos ataques mais rápidos do futebol brasileiro. Sua velocidade e explosão eram admiráveis.
Na Copa João Havelange, quando marcou 20 gols, realizou partidas sensacionais. Na inapelável vitória por 6 a 1 sobre o Santa Cruz, Magno fez cinco gols.
Em 2001, foi novamente o artilheiro do time no Brasileirão, com 11 gols, sendo decisivo nas partidas finais. Ainda em 2001, chegaria à Seleção Brasileira de Futebol, disputando a Copa das Confederações.
Pelo tricolor carioca, ganhou o Brasileirão da Série C em 1999 e o Estadual de 2002, tornando-se o décimo maior artilheiro da história do Flu, com 114 gols.
Em 21 de julho de 2010, foi anunciado como reforço do Ceará. Com 21 jogos pelo Vovô, marcou 9 gols importantes e virou um ídolo da torcida alvinegra.
Após passagens em outros clubes, no dia 13 de setembro de 2012, Magno Alves acertou a sua volta ao Ceará, por onde é querido pelos torcedores e pelo próprio clube.
Vinha sendo muito questionado pelo fato de, em 21 partidas, ter feito apenas um gol. No dia 3 de fevereiro de 2013, diante do Itabaiana, Magno Alves marcou dois gols, em partida que o Ceará venceu por 3–0. No dia 2 de fevereiro de 2014, contra o Treze, Magno Alves completou 100 jogos pela camisa do Ceará, com 48 gols marcados.
No dia 31 de maio de 2014 no empate contra o Sampaio Corrêa, Magno Alves fez o gol de número 400 da sua carreira.
Após sair do ceará, ele voltou também no ano de 2016, Seu primeiro gol na volta ao Ceará foi no dia 4 de fevereiro de 2017, contra o Ferroviário, em jogo válido pelo Campeonato Cearense. No dia 19 de março, contra o Uniclinic, Magnata marcou dois gols na vitória do vozão por 1-3, e chegou ao gol de número 98 pelo Ceará.
No outro jogo contra o Uniclinic, pelo Campeonato Cearense, Magnata marcou 2 gols na vitória do Ceará por 4-1 e chegou ao gol de número 100º pelo vozão.