Em entrevista a podcast, presidente Jair Bolsonaro afirma que projeto de regulamentação das apostas esportivas está “maduro”, mas diz ser contra as máquinas caça-níqueis.
Decreto para regulamentar apostas esportivas está “bastante avançado”, diz Bolsonaro
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirma que o texto do projeto para regulamentar as casas de apostas esportivas no Brasil está “bastante avançado” no país. A declaração foi feita durante entrevista ao podcast “Paparazzo Rubro-Negro”.
“Esta ‘.bet’ tá bastante avançado um decreto para regulamentar isso aí”, disse Bolsonaro, referindo-se ao modelo de apostas com uma referência aos domínio de sites conhecidos pelo público.
As apostas esportivas são permitidas no Brasil desde 2018, mas as empresas obrigatoriamente precisam ser sediadas fora do país. Consequentemente, o governo não recebe nada com as transações financeiras.
“O cara continua jogando e o dinheiro vai para fora, então está maduro isso com toda a sociedade”, complementou Bolsonaro, também especulando possíveis destinos para a futura arrecadação com as apostas esportivas.
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“Eu não quero para o Tesouro, estou com dinheiro demais. A queda de braço neste momento é para onde vai esta grana. Vai para tratar dependente químico, vai para a segurança, vai para a infraestrutura”, sugeriu ele.
“Estamos acertando isso aí. Se vai uma parte para terceira, segunda, primeira divisão [do campeonato de futebol]. Eu acho que a primeira [divisão] pode ficar de fora [da arrecadação]”, completou.
Na mesma entrevista, Bolsonaro, no entanto, se posicionou contra a liberação da máquinas caça-níqueis. Atualmente, o congresso nacional também discute a liberação de bingos e cassinos – o que pode gerar discordância com o presidente.
“No Brasil, se você liberar a questão dos jogos, vai ter problema. Os caça-níqueis, no meu entender, não pode. O cara vai na padaria comprar um pão e volta com as mãos vazias porque jogou ali no caça-níquel”, analisou Bolsonaro.
“Então, tem jogo e jogatina. Eu acredito que o Brasil não está maduro ainda para discutir isso. O Congresso está discutindo um projeto. Da forma como está, eu veto”, encerrou.
