
A disputa entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva movimentou número impressionante em apostas esportivas nos últimos meses.
A disputa entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva movimentou número impressionante em apostas esportivas nos últimos meses.
A disputa nas urnas entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o maior evento de apostas da história do Brasil. O pleito realizado em 2022 foi a primeira eleição presidencial sob a vigência da Medida Provisória nº846, assinada pelo ex-presidente Michel Temer, que autorizou as apostas esportivas no Brasil, ainda que com algumas limitações.
De acordo com estimativa do site BNLData, as eleições presidenciais podem ter movimentado mais de R$ 500 milhões (turnover). O site afirma que dirigentes das principais plataformas de bets da internet brasileira ficaram surpresos com o volume de apostas e de dinheiro depositado pelos brasileiros na política.
Curiosamente, a eleição presidencial 2022 pode ser a única da história a ter permitido apostas dos brasileiros. Com a regularização do setor, eventos não-esportivos não poderão mais fazer parte do acervo das plataformas. O atual texto da Lei 13.756/18 é bastante claro no seguinte trecho, que define as apostas esportivas enquanto modalidade:
“Consiste em sistema de apostas relativas a eventos reais de temática esportiva, em que é definido, no momento de efetivação da aposta, quanto o apostador pode ganhar em caso de acerto do prognóstico”.
Nos Estados Unidos, a discussão pela legalização das apostas eleitorais está ganhando força. Uma matéria recente do jornal Financial Times revelou que pessoas importantes de Washington já começam a fazer lobby pela liberação da prática na Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities, braço independente do governo encarregado de analisar e aprovar novos mercados.
Assim como no Brasil, os jogadores estadunidenses se encontram em situação de insegurança jurídica. O problema por lá, além de complexo, chega a ser contraditório: as apostas sobre eleições são proibidas em todo o território do país, ao mesmo tempo que não há lei federal que embase a proibição. Por causa do imbróglio, a decisão de liberar ou não as tips eleitoreiras fica na conta de cada estado.