
Setor das apostas esportivas deve atingir R$ 740 bilhões em movimentação financeira até 2028.
Setor das apostas esportivas deve atingir R$ 740 bilhões em movimentação financeira até 2028.
As casas de apostas aguardam com ansiedade pela Copa do Mundo. De acordo com dados da consultoria estadunidense Grand View Research, espera-se que as empresas do setor cresçam 30% durante o torneio mais importante do futebol de seleções.
Ainda de acordo com a Grande View Research, o segmento superou US$ 70 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 370 bilhões) em movimentação financeira, em 2021. Até 2028, a expectativa do mercado é atingir os R$ 740 bilhões.
“As apostas não são mais vistas como entretenimento. Hoje são tidas como investimentos tanto pelos praticantes quanto pelas empresas dessa indústria”, afirmou Antônio Mandarrari, CEO da Lance 365, ao Sportbuzz.
O empresário acredita que a pesquisa mostra o potencial das apostas esportivas no mundo e comprova a grande aceitação do público em relação ao setor. Além disso, ele acredita que a “infraestrutura digital” do mundo facilita a expansão.
“Grande parcela da população do planeta passa parte do tempo com olhar direto para a tela do smartphone. Hoje, um elevado número de apostas é realizado utilizando os dispositivos móveis, que permitem acessar plataformas, em qualquer momento do dia”, completou ele.
Sem regularizar o setor de jogos de azar, estima-se que o Brasil perdeu a chance de arrecadar R$ 3 bilhões com as apostas esportivas durante a Copa do Mundo. Os números são de um levantamento realizado pela revista Veja.
Fora os impostos, o Brasil ainda tinha a chance de faturar R$ 2 bilhões na venda de licenças operacionais. Estima-se que, mesmo sem a regularização, o Mundial movimente mais de R$ 20 bilhões em nosso país.
A lei para regulação do setor, a 13.756/18, já existe e foi aprovada em 2018. O governo Michel Temer, porém, não conseguiu implementá-la e, por isso, assinou a Medida Provisória nº846, que tornou as apostas legais no território brasileiro.
Temendo causar atrito com o eleitorado evangélico, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a decisão de implementar a lei para depois das eleições. Faltando poucos dias para o final do ano, é esperado que a situação só seja resolvida em 2023, com o governo Lula (PT).