Athletico Paranaense

Published: 15th outubro 2019
Author: Matheus Bastos
Last Updated: 26th junho 2023

O Clube Atlético Paranaense originou-se da fusão de dois tradicionais clubes de Curitiba, o América Foot-ball Club, até então com um titulo paranaense da fusão, que acabou, com o Paraná (America – Paraná) e do Internacional Foot-ball Club, o primeiro campeão estadual, em 1916. Em 2018 o Atlético paranaense acrescenta o H em seu nome e passa a ser chamado de Athletico.

Tudo aconteceu no dia 26 de março de 1924, na Rua XV, no prédio 416, com a presença de Arcésio Guimarães (Internacional), Joaquim Narciso Azevedo (América), e mais sete pessoas que fundam o Clube e, em ata, tomam as primeiras deliberações, entre as quais definem o uniforme, que será vermelho e preto com listras horizontais, adotando as cores dos uniformes do América (vermelho) e do Internacional (preto e branco com listras verticais).

No dia 20 de abril do mesmo ano, o rubro-negro faz sua estréia do uniforme em sua primeira partida oficial, pelo Torneio Inicio. O adversário  foi o seu eterno rival, Coritiba. E venceu pelo placar de 2×0.

Até o final da década de 30, o Atlético mantinha participações razoáveis nos campeonatos estaduais. Os anos 40 marcaram a fase “furacão” do clube, em que goleadas eram conquistadas sobre os adversários repetidamente. No entanto, as três décadas que seguiram vieram acompanhadas de um amargo jejum que duraria até 1981.

Por outro lado, desde meados dos anos 90, o Atlético vem se mantendo nos campeonatos estaduais e nacionais com excelente estabilidade, chegando, inclusive, a disputar e a entender como funciona a libertadores.

Tabela de Conteúdos

Títulos

  • Copa Sulamericana: 2018
  • Campeonato Brasileiro: 2001
  • Brasileiro Série B: 1995
  • Campeonato Paranaense: 1925, 1929, 1930, 1934, 1936 (invicto), 1940, 1943, 1945, 1949, 1958, 1970, 1982, 1983, 1985, 1988, 1990, 1998, 2000, 2001, 2002 (supercampeonato), 2005, 2009, 2016, 2018, 2019.
  • Copa Paraná: 1998
  • Copa Sesquicentenário: 2003
  • Copa Sulamericana 2021

Torneios Nacionais e Internacionais

  • Marbella Cup (Costa del Sol/ESP): 2013
  • Torneio Cidade de Londrina/PR: 2010
  • Torneio Internacional de Winterthur “SCHÜTZI CUP” (Suiça): 1991
  • Torneio Interestadual “COUTO PEREIRA”: 1977
  • Torneio Internacional AFRO-BRASIL (Coritiba): 1974
  • Torneio “PINHEIRÃO” (Coritiba): 1971
  • Torneio Triangular – PARANÁ – SÃO PAULO: 1969
  • Torneio “JOFRE CABRAL E SILVA” (Coritiba) Seletiva p/ o Robertao: 1968
  • Torneio Triangular “JOSÉ MILANI” (Coritiba): 1964
  • Torneio Triangular “TAÇA JOÃO TODESCHINI” (Coritiba): 1954

Principais Ídolos

Caju

O jovem garoto de então 18 anos, estreou num Atletiba. Com defesas maravilhosas, amor à camisa rubro-negra e muita dedicação ao Clube, tornou-se o maior ídolo da História do Clube Atlético Paranaense. A Majestade do Arco, como ficou conhecido, defendeu o rubro-negro por 17 anos. Chegou à Seleção Brasileira e foi eleito o melhor goleiro da América do Sul em 1942, quando disputou o Sul-Americano como titular na meta brasileira. Depois de encerrar a carreira, continuou no clube, ajudando em reformas na Baixada e exercendo várias funções no Atlético. Foi campeão em 34, 36, 40, 43, 45 e 49. Participou do Furacão de 49, sendo considerado “Doutor em Futebol”. Foi ainda técnico do time em 58, sendo campeão paranaense.

Zanneti

O defensor chegou ao rubro-negro em 32. Após um afastamento de 3 anos, voltou em 36 e foi titular até 1945. Muitos o consideram o melhor zagueiro da história do clube. Somando todo tempo que permaneceu no clube, foi titular por 12 anos, sendo campeão em 36, 40, 43 e 45. Era raçudo e metia medo nos adversários. Dizem que raramente um adversário conseguia passar por Zanetti.

Nilson Borges

Foi outro que vestiu a rubro-negra e nunca mais quis ir embora. Jogou no Atlético de 68 a 74, sempre encantanto a torcida com sua visão de jogo e seu dribles que deixavam os adversários sentados no gramado. Em 74 foi vítima de uma jogada maldosa e sofreu sérios danos no joelho. Ele tentou se recuperar da contusão, mas não foi possível. Demonstrando um amor incrível pelo time, ele pedia para ser escalado de vez em quando. Mesmo sem ter condições de jogar e não podendo mostrar o mesmo futebol de antes, ele nunca foi vaiado pela torcida e nunca pediram sua substituição. Pelo contrário. Nos sete anos de Atlético só conquistou admiradores e fãs. Hoje, Nílson é auxiliar técnico do time profissional e ainda é um fanático torcedor.

Cireno

Formou ataque com Jackson no Furacão de 49. O craque da ponta-esquerda foi um dos jogadores mais irreverentes da História do Clube. Logo no seu jogo de estréia marcou 3 gols e fez a festa da torcida. Ficou no Atlético por 10 anos, até 52, quando se aposentou. Nesse período sempre integrou a Seleção Paranaense e foi pré-convocado para a Seleção Brasileira de 42, junto com Caju. Injustamente, o técnico Flávio Costa prefiriu Chico, porque esse jogava no Vasco. Cireno foi o protagonista do famoso Atletiba dos 8 minutos. O Coxa saiu na frente logo no começo. Aos oito minutos, tabela de Cireno e Jackson e esse empata a partida. Cireno vai buscar a bola no fundo das redes e arranca o gorro do goleiro careca Belo, do Coritiba. Estava armada a confusão. A torcida coxa-branca xingava Cireno. A torcida atleticana ia ao delírio com seu grande ídolo. Em outra ocasião, um torcedor adversário o xingou. Cireno saiu do campo e foi atrás do indivíduo. Depois de acertar as contas, voltou rapidinho para o gramado. Ainda hoje Cireno circula pela Baixada com a faixa de Campeão Paranaende de 1945, contando muitas histórias de sua época de jogador.

Sicupira

Barcímio Sicupira Júnior vestiu durante 7 anos a camisa 8 do Atlético. Chegou na Baixada em 68, sendo artilheiro e campeão em 70 (20 gols) e artilheiro em 72 (29 gols). Sicupira é o maior artilheiro do Clube Atlético Paranaense e é ainda hoje um dos maiores ídolos do rubro-negro. Fazia com que bicicletas, voleio, sem-pulos, passes de calcanhar e peixinhos parecessem jogadas fáceis, tamanha sua desenvoltura em executá-las. Como forma de prestar uma homenagem à sua grande qualidade, A Página do Furacão instituiu o Troféu Sicupira, dado ao jogador com melhor desempenho nas partidas do Atlético.

matheus bastos

About Matheus Bastos

Redator especializado no mercado de apostas esportivas e cassinos, torcedor fanático do Fluminense e carioca. Apaixonado por desenvolvimento de software, viagens e jogos de FPS.